Tlm:+351966 200 807  /  Tel: +351245011400   / lapadosgaivoes@hotmail.com

  • GPS: ( 39.154646, -7.167877 ) (N 39°09’16.7″ W 7°10’04.4″ ).

Em redor do Parque de Campismo Rural Lapa dos Gaivões.

Dentro deste raio de 15 km em volta do Parque de Campismo Rural Lapa dos Gaivões, o visitante poder-se-á deslocar por qualquer meio, a pé, de bicicleta, moto ou automóvel, conforme o tempo disponível que tiver e o prazer que pretender tirar da fruição do que se lhe oferece.

Ao lado do parque ficam as casas típicas das Hortas de Baixo. Indo na direção do Vale do Junco, a pouco mais de 1 km do parque de campismo fica a Lapa dos Gaivões (N 39°08’53” W 7°10’23”), o mais importante conjunto de pinturas rupestres ao ar livre de Portugal, datado de 4000 a.C. – 2500 a.C.., onde se destaca a “narração” de uma cena de pastorícia, perfeitamente contextualizável na tipologia da sociedade agro- pastoril” instalada na região há cinco mil anos. «… A dominante… é a da arte esquemática, por vezes com alusões naturalistas ou subnaturalistas – cenas de caça, grupos de animais domesticados, figurinhas humanas (masculinas e femininas).»(Paulo Pereira – Arte Portuguesa, história essencial, Circulo Leitores)

Esperança – núcleo central urbano (a 2 km do parque de campismo) Em Esperança o visitante poderá apreciar em alguns conjuntos de casas a arquitetura popular alentejana, bem como as tradicionais chaminés, muito vistosas algumas, mais sóbrias outras, algumas comuns e outras identificativas dos seus habitantes. Ao passear, não deixe de observar no Largo das Pratas, no seu n.º 1, a velha Torrefação do Café Caracolilho de António Emilio Correia de 1935, e entre a porta 16 e 17, uma das mais lindas chaminés de todo o Alentejo. Depois, poderá visitar a Igreja da Nossa Senhora da Esperança – sec. XVI-XVIII, de uma só nave, com um retábulo renascença de talha dourada. Se quer saber mais sobre as pinturas rupestres, o megalitismo, ou sobre o fabrico de azeite então consiga uma visita ao Centro Interpretativo da Identidade Local (CIIL). Dentro da freguesia de Esperança ainda poderá visitar na Várzea Grande (Marco),a 5 km do parque de campismo, a ponte pedonal internacional mais pequena do mundo, sobre a ribeira de Abrilongo, em que dá dois passos e está em Espanha. A 6 km do parque de campismo, para sudeste, fica a Albufeira de Abrilongo, onde poderá pescar, praticar canoagem ou simplesmente passear, e, por fim, no sentido contrário, para oeste, a Ermida do Rei Santo, no Recanto, a 7 km do parque de campismo, onde além de contemplar a romântica Ermida ainda desfrutará da paisagem sobre a peneplanície alentejana.

A melhor forma de conhecer a geografia que outrora os nossos antepassados no neolítico percorriam será realizar o PR1 – Arronches – o caminho da Esperança, devidamente sinalizado, circular e com cerca de 15 km e 200 metros, que poderá tomar 100 metros abaixo da entrada do parque de campismo na estrada que segue para a albufeira de Abrilongo. A sua duração é de cerca de 5:30 horas (peça o prospeto na Receção). 

Arronches

Em Arronches terá motivos para, sem pressas, gastar um dia à vontade para visitar a Forte Arronches como lhe chamou Camões, ou a vila das 5 pontes, nas palavras de Saramago. Poderá dividir a vila em três partes.

Zona Norte – Torre medieval do Castelo, Turismo, Antiga Cadeia (sec. XVII), Fonte de Elvas (sec. XVIII), Convento de Nossa Senhora da Luz (sec. XVI) e Museu A Brincar.

Arronches foi definitivamente reconquistada por D. Paio Peres Correia e integrada então nos domínios de Portugal. D. Afonso III terá promovido obras no castelo, aproveitando a fortificação que terá existido e que abraçava o casario existente. Durante a crise de 1383-85 o exército espanhol toma Arronches que viria a ser reconquistada pelas tropas portuguesas sob o comando de D. Nuno Álvares Pereira em 1384. A importância de Arronches ficou bem demonstrada em 1475, quando D. Afonso V aqui reuniu cortes para tratar do seu casamento com a princesa espanhola D. Joana. Duarte d’Armas representa Arronches cerca de 1509, com a cerca medieval e estruturas defensivas claramente definidas. «…o que particularmente interessou o viajante foi a Igreja de Nossa Senhora da Luz, com o seu pórtico renascentista, a galilé, a bela sala do capítulo, com figuras de estuque, e o claustro, discreto e de boa sombra, no sufocante calor em que o Sol se desmanda.»(José Saramago – Viagem a Portugal). Nas suas costas, voltada a sul e sobre o jardim do Largo Serpa Pinto está a Fonte de Elvas, elegante barroquismo também talhado a mármore branco.

O Museu possui várias exposições temáticas: a memória do lugar, os mestres carpinteiros de carroças, brinquedo de cá, canto da bonecada, por terra, mar e ar, jogos e passatempos, maquetes de papel, teatro de fantoches, classe de Escola do “Estado Novo”, Portugal dos pequenitos. Foi premiado pela APOM (Associação Portuguesa de Museologia) em 05.04.2003 no Triénio pelo melhor serviço de Extensão Cultural; Foi candidato no ano de 2006 ao Fórum Europeu de Museu, ficando nos 15 finalistas sendo o único museu português a concorrer nesse ano, recebeu um certificado de Reconhecimento dos seus sucessos em inovação.

Depois atravesse a Rua 5 de Outubro e chegue à Zona Central – Igreja Matriz (Igreja de Nossa Senhora de Assunção), Museu de arte sacra, Paços do Concelho, Fonte de Neptuno, Arronches medieval e o Arco de Arronches.

A primitiva igreja de Nossa Senhora da Assunção , onde funciona também o Museu de Arte Sacra, foi edificada em 1236 e o templo seria concluído em 1242. Em 1512, D. Manuel outorgava a Arronches um novo foral, e alguns anos depois a matriz seria reedificada, por iniciativa régia, havendo dúvidas quanto à autoria da sua traça. Seguindo o modelo de igrejas-salão que começava a ser explorado na igreja do Convento de Jesus de Setúbal, a matriz de Arronches apresenta uma nova tipologia de espaço que “tende a alargar, a superar a tecnologia goticista” e que conhecerá o seu expoente em Santa Maria de Belém. Em frente à Matriz e aos Paços do Concelho levanta-se a linda Fonte de Neptuno do séc. XIX. Separado da Matriz por estreita rua, um solar, hoje Paços do Concelho, de admirável fachada, bonitas grades de ferro com esferas armilares nas janelas de sacadas, com a torre da vila integrada à sua direita, setecentista. A Arronches medieval é composta por ruas estreitas, algumas de forte declive, onde predominam o ocre, o azul e o branco nas fachadas, padieiras e ombreiras, com muitas portas góticas e renascentistas, onde se faz sentir com alguma relevância a presença judaica, e um arco gótico no início da Rua do Arco.

Zona Sul – Passeio Ribeirinho (Ponte do Crato, Fonte do Vassalo e Ceira – Centro Interativo da Ruralidade de Arronches).

O novo Centro Interativo da Ruralidade de Arronches (CEIRA), no Alto Alentejo, uma homenagem ao agricultor, aos trabalhadores do campo e ao duro trabalho da terra noutros tempos, expõe mais de mil utensílios e peças agrícolas que foram sendo recolhidas ao longo de anos pelos agricultores da região. Magnifico museu.

O Passeio Ribeirinho permite uma salutar e linda caminhada à volta do rio Caia e da Ribeira de Arronches que contribuirá para a descompressão física e mental de quem leva uma vida agitada. A Ponte do Crato sobre o rio Caia, do século XV, construída em granito, é composta por seis arcos de volta redonda. Fonte do Vassalo é uma fonte barroca, do século XVIII, com semelhanças a um pórtico barroco. Encimada pelo escudo de Portugal, tem uma bica e pinturas coloridas. É ladeada por dois painéis de azulejos com imagens do castelo de Arronches segundo Duarte d`Armas e duas cenas contrastantes, uma da vida dos trabalhadores do campo e outra da vida da aristocracia.

As Atalaias – Já fora de Arronches, na estrada para Santa Eulália, poderá visitar a atalaia das Escarninhas (39.102734, -7.274923) ( N 39°06’09.8″ W 7°16’29.7″ ), logo a seguir à saída de Arronches e a atalaia do Baldio ( 39.068606, -7.260271) (N 39°04’07.0″ W 7°15’37.0″), mais à frente cerca de 6 km, virando à esquerda na direção de “Baldio do Caia”. A palavra Atalaia serve para designar uma torre ou lugar elevado, posto de vigia de um determinado território delimitado, funcionando como apoio a outro tipo de defesa mais complexa, como uma muralha ou um castelo, sendo distribuídas em lugares estratégicos na área ao redor. A atalaia das Escarninhas é a primeira de um conjunto de sete que se estendiam até à atual fronteira com Espanha, as outras são conhecidas como Água de Raiz, Louções, Outeiro Branco, Torre das Areias, São Bartolomeu e Baldío, também conhecida como Algalé. A existência de duas atalaias, cada uma no monte que lhes deu nome, das Escarninhas e Baldio, representam a importância de Arronches na estratégia da defesa do território nacional. As atalaias terão sido construídas no século XVII, no contexto da Guerra da Restauração da Independência, como defesas avançadas para impedir a infiltração inimiga e, particularmente, como torres de vigia. para alertar a população e as forças locais.

Caminho das Garças – 9,5 km de estrada onde poderá observar garças e cegonhas e também corvos marinhos, abibes e grous no inverno, além de bonitas paisagens. Da estrada para Santa Eulália (N 39°03’54.7″ W 7°16’32.1″) vire à esquerda na direção de “baldio do Caia”, até chegar à estrada de Campo Maior, a N. 246.

O Açude Fluvial dos Mosteiros ( N 39°11’22.2″ W 7°17’08”) e o Pego do Inferno (N 39°11’50” W 7°17’09”) – A Ribeira de Arronches nasce perto do alto da serra de S. Mamede, no cimo do Vale Lourenço e quando deixa a freguesia de Alegrete perto da freguesia dos Mosteiros, tem uma zona mais rápida que culmina no Pego do Inferno, um poço natural na rocha de água límpida e cristalina que dá para nadar e refrescar e onde os mais audazes mergulham, lançando-se de rochas a cerca de 5 metros de altura. O açude fluvial dos Mosteiros, mais a jusante, é uma zona muito aprazível no pino do calor onde se saboreia a frescura de frondosos plátanos e carvalhos com o rumorejar das águas e da brisa, lendo um livro, saboreando um petisco num dos bares, ou simplesmente conversando ou observando os cágados à procura de alimento.

As piscinas naturais do rio Xévora N 39°14’18” W 7°12’14” – 39.238307, -7.203923

– A pouco mais de 10 km, num edílico, fresco e mágico local, em pleno verão tórrido, o visitante poderá refrescar-se nas águas cristalinas e frescas do Xévora, que nasce na serra de S. Mamede, e poderá também desfrutar da rota de micro paisagens do Xévora, um passadiço eco fluvial de 500 metros, intimista e quase misterioso onde se descobrem pequenos detalhes da natureza e do bosque, que muitas vezes passam despercebidos.

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